terça-feira, 5 de junho de 2012

A Invenção das Quilhas: movimento e direção

Até a década de 1930 o surf era restrito a poucos tipos de onda, pois quanto maior, rápida ou cavada, mais difícil manter a direção da prancha e evitar ser engolido pelo lip onda.

Fundo convexo fazia as vezes das quilhas
A estratégia dos construtores de prancha da época era fazer o botton convexo (fundo da prancha que fica em contato com a água), assim como o das canoas e embarcações maiores. Isto ajudava a manter uma linha reta na remada e na descida da onda, mas por outro lado, fazia a prancha desgarrar na curva ou perder velocidade. A ausência de quilha tornava impossível acompanhar a linha da onda, tomar velocidade e fazer manobras como as que fazemos hoje.

Experiência: fundo igual ao das canoas  


A perigosa quilha de metal, igual faca na manteiga













Em meados da década de 1930, dois surfistas da Califórnia procuravam meios para melhorar o desempenho das pranchas de madeira da época; um deles era Woody Brown, de San Diego, outro era Tom Blake, de Los Angeles. Mais tarde ambos entrariam para a história do esporte como surfistas, inventores e precursores surf moderno.

Estabilizador: a quilha da década de 1930 

Interessante foi que ambos não se conheciam, mas introduziram um estabilizador na rabeta, que possibilitou direcionar a prancha com maior precisão. Tom Blake levou a fama, mas tempos depois historiadores perceberam que foram ambos precursores das quilhas.
Os estabilizadores não eram como as quilhas de hoje, mas possibilitavam manter-se na linha da onda, afrente da espuma. O formato de barbatana das quilhas viria anos depois, com outras inovações, mas os precursores delas permitiram que novas ondas fossem exploradas e o surf avançasse enquanto esporte.  



Esta é apenas uma introdução à historia das quilhas. Tem muito mais por vir...

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